quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Evolução Moral

Você treina quando não está treinando?
Já parou pra pensar sobre o quanto você evolui em cada treino?
E quando não treina, a evolução acontece? Não né... que pergunta sem sentido!
Não tem como evoluir sem treinar! Concorda? Se acha que sim, então você está completamente errado!

A evolução no Parkour é uma constante, mesmo que você não perceba, seu corpo, e sua mente está evoluindo a cada momento, treinando ou não. Mas há formas de se maximizar essa evolução, fazendo com que seu corpo e mente reajam a cada estímulo, fazendo você ter total controle e percepção deste trabalho inconsciente, acredite, quando você alcança a consciência mental e corporal, coisas simples como pegar um copo de água, te fará analisar um “antes e depois” da forma como o fazia, da forma como o faz, e da forma como fará da próxima vez, agora imagine isso aplicado aos treinos...
Mas como chegar a esse tal alcance do inconsciente?
Vamos lá. Quantas vezes você estava treinando aquela precisão difícil, por várias e várias vezes no mesmo dia, cansado, mas não queria desistir de forma alguma, pois sabia que uma hora ia conseguir? Tenho certeza de que várias vezes... Mas e quando finalmente conseguiu fazê-la, o sentimento foi de superação, êxtase e um frenesi de alegria não é?
Agora te pergunto, por quanto tempo você lembrou desse momento, desse pequeno e único momento em que seu corpo gritava pra parar, e você se negava determinado a completar o “desafio”? E se tivesse desistido naquele último salto? Será que o aprendizado teria sido maior?

Para resumir bem o que quero dizer: Menos é mais!

Isso mesmo, menos é mais, simples. Muitos de nós temos esses momentos de garra, determinação, momentos em que estamos certos de que mesmo com o cansaço, fadiga e dores musculares, podemos continuar tentando até conseguir. E eu acredito que consigam, mas a qual preço? Será que alcançar o objetivo é mesmo o mais importante, mesmo com todos os riscos implícitos? Eu digo que não, não é!

Por várias vezes eu tive esse sentimento, de que eu conseguiria executar aquele cat leap perfeitamente, só faltavam alguns centímetros, um pouco mais de força, o agrupamento mais rápido, a explosão com mais garra, e eu tenho certeza de que conseguiria. Mas por muitas vezes eu simplesmente parei e ouvi meu corpo, e minha mente, me dizendo que ainda não era a hora, que eu poderia tentar outro dia, com o corpo mais descansado, com a mente mais tranquila, com a mesma determinação e com tempo suficiente para estudar tudo que estava fazendo de errado, e SE aquilo era realmente necessário. E por dias, semanas, e as vezes até MESES, eu estive treinando, mentalmente, aquele movimento, cada passo, cada músculo que iria ser usado, o movimento dos pés alinhado com o quadril, braços, mãos, a pegada no muro, TUDO!

Quem treina comigo vê isso o tempo todo, não sou de chegar nos picos e fazer todos os movimentos mais complexos que eu consigo para impressionar, muito menos me exibir para os novatos. Muitas vezes fui criticado, e ainda sou, por situações onde novatos conseguiam alguma coisa impressionante, como um salto de precisão muito longo, onde eu tento explicar sobre a necessidade do treino de condicionamento e familiarização com o movimento e com o pico. A maioria acha que estou tentando boicotar o “grande feito” do novato, ou que eu estou com inveja por eu não conseguir fazer o mesmo. Algumas vezes consigo, outras não, e nem faço questão, pois sei das minhas limitações, e acima de tudo, respeito meu corpo e o tempo que ele PRECISA para atingir tal evolução.

Às vezes, menos é mais, muitas vezes, deixar de fazer algo, faz com que você evolua muito mais do que se o fizesse.

Então faço o convite, pense nisso no seu próximo treino, pense nisso quando todos estiverem fazendo algo incrível no pico, e você sentir aquela vontade imensa de fazer algo parecido para mostrar que também sabe, pense nisso, principalmente treinando sozinho, e ouça seu corpo e sua mente, alcance a consciência, ajude seu corpo a te ajudar, e surpreenda-se com esse poder!

Tive a oportunidade de presenciar um momento desses, e sou grato por vivenciar esse momento, no 7º WPPK (Workshop Procopense de Parkour) onde o Goku (Lucas Yeiki) estava incessantemente tentando um movimento, com toda torcida possível, no último dia de evento, quando o Prof. Luiz Oliva o pegou pelo braço, deu um abraço, e disse algo como “lembra do que você me disse aquele dia pra eu saber a hora de parar? Então, acho que é hora de deixar essa pra depois amigo”. Poucas pessoas ouviram isso, na verdade acho que somente eu, que estava bem próximo, ouviu isso. E eu, que estava observando tudo, tive um verdadeiro insight, esse único momento me trouxe uma carga de aprendizado inexplicável, e em praticamente TODOS (sem exagero) os meus treinos depois que voltei do evento, me deparo com algo parecido, e me lembro deste momento. Então a vocês dois, obrigado!

Caso AINDA não tenha entendido o que eu quero dizer, veja o vídeo do Bruno Nelo, o cara que tem um condicionamento físico do CÃO, que foi até Paris, conhecer as cidades e picos onde o Parkour nasceu, e simplesmente DESISTIU de saltar o ManPower (um dos picos mais desejados culturalmente da gringa).  

Foto: ManPower

Link do vídeo (Facebook do Bruno): https://www.facebook.com/brunonelo/videos/733093530055637/

Preste atenção na parte onde ele diz “não quero saber dos outros gringos que vieram aqui e se jogaram”. 
Tenho certeza de que o Bruno era capaz na época, e é capaz de fazer esse salto, mas como já disse várias vezes, menos é mais. Parabéns a você Bruno, por ter tomado essa atitude (ou deixado de ter a atitude rs), realmente não tenho como explicar em palavras, a satisfação e emoção que senti quando vi o vídeo (a mais de um ano), e por ajudar a mim e a tantos outros, através deste vídeo, o que escrevi neste texto.

Então é isso, acabei me estendendo mais do que imaginei, e isso é ótimo, nesse caso, mais é mais! Kkk

Obrigado pela visita, espero que tenha colaborado para o crescimento e evolução de alguém, desculpem qualquer coisa, e não se envergonhem, os comentários estão abertos, comente aí o que achou do post, abraços e bons treinos!!! ~/º 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Parkour Simbiótico

A forma como cada um se relaciona com o entendimento sobre o Parkour é muito relativa e complexa, mas, independente de tudo isso, todos chegamos basicamente às mesmas conclusões, de que o Parkour não se estende somente aos treinos ou a vídeos e textos na internet.

Cada um reflete de uma forma sobre as ''fases'' que enfrentamos e superamos conforme o tempo passa e os treinos vão mudando e evoluindo (assim como nós).
Hoje estou passando por uma fase que apelidei carinhosamente de ''simbiose'', pois estou sentindo a cada momento os reflexos do Parkour para com a minha vida pessoal, profissional, social, etc...

É assustador quando me pego durante situações rotineiras do cotidiano me saindo tão bem quanto antes e no mesmo momento me vem a mente algo que eu aprendi com os treinos, seja na agilidade em chegar até algum lugar ou o modo como tratar uma pessoa, até a forma como me levanto e guardo um objeto na gaveta, tudo me faz comparar um ''antes e depois'', como fica mais fácil ou mais rápido.
Na forma como lido com as pessoas, até mesmo as mais arrogantes ou agressivas, o autocontrole, a agilidade para procurar soluções e a criatividade para encontrá-las, hoje, é surpreendente, e sempre que me vejo em alguma dessas situações, me sinto feliz por estar ''vivendo'' o Parkour e colocando em prática coisas que eu jamais imaginei que pudessem ser colocadas.

As maiores ''provas'' de que o Parkour influencia diretamente em nossas vidas é justamente isso daqui, o fato de eu estar escrevendo tudo isso, e você estar lendo, prova que por influência da prática, estou cultuando o hábito de escrever e você o de ler, ambos praticando a cultura, estudando de certa forma, aprendendo, compartilhando conhecimento, evoluindo...

Creio que muitos assim como eu tenham despertado a vontade de estudar ou ter uma pós-graduação por conta do Parkour, e não estou falando de questões financeiras, mas sim de como podemos transmitir todos ou uma parte desses benefícios que a prática pode proporcionar (e nos proporciona) e mudar a vida de cada pessoa, de uma forma séria, bem feita, e minimizando os riscos que muitos não tiveram a oportunidade de evitar por falta de pessoas interessadas ou em meios de fazê-los.

Agradeço todos os dias pelas pessoas que tive a felicidade de cruzar o caminho, medito por essas pessoas e me lembro de cada uma delas todas as vezes que me supero, algumas dessas pessoas nem sabem que eu existo muito menos a forma como elas me ajudaram na minha constante evolução pessoal/física/mental/social/etc... 

(Esse texto foi escrito dia 30/07/2014, e perdido no tempo, e hoje, graças a uma reflexão que tive comentando em uma publicação no facebook, me lembrei dele, e consegui recuperá-lo pois o tinha enviado para o Duddu Rocha dar uma olhada, fiquei 20 minutos rolando a barrinha do chat até encontrar as mensagens do ano passado, junto com o arquivo do texto haha. Então, graças a essa discussão do face, e graças ao Duddu, estou podendo postar isso, e você está podendo lê-lo haha) 

domingo, 21 de junho de 2015

O quanto você quer treinar?


Esse post é curto, porém direto, será mais como uma dica do que um texto.

O quanto você quer ler esse texto? Pouco? Então feche a página e volte a fazer o que estava fazendo!!!
Para cada parágrafo desse post, farei 10 flexões, e indico que faça o mesmo.

O quanto você quer treinar? Pergunto isso pois sempre que chegam a mim, com o intuito de treinar, a primeira coisa que pergunto é isso.  Você quer mesmo treinar? O quanto você quer treinar? Muito? Então vamos fazer 10 flexões comigo agora!

E as respostas quase sempre são as mesmas: "Como assim?"  "Agora?"  "Ah não, agora eu não estou preparado."  "Vishe mas aqui no meio de todo mundo?"  "Não não, vou suar, sujar minha roupa, outro dia a gente faz..." 

As pessoas são tão determinadas, ao ócio, que quando são surpreendidos, sempre têm as mesmas reações. Sair da zona de conforto é o primeiro passo rumo a mudança de rotina, e aos treinos.
Será que aquela vontade imensa de conseguir escalar o monte Everest é mesmo o que você quer? Se acha que sim, você já está praticando para tal feito? Já está pesquisando treinamentos específicos de escalada? Já pesquisou orçamento de passagens, equipamentos e profissionais? Novamente, será que é mesmo o que você quer?

Me faço esse tipo de pergunta todos os dias, a todo momento, sempre que tenho uma fagulha de vontade de fazer alguma coisa.

Claro que a inspiração é algo importante para o sucesso de qualquer pessoa, em qualquer área de atuação. Porém, mais importante do que ver um vídeo inspirador, é buscar inspiração em si, sem precisar de uma “fonte” de inspiração o tempo todo, como se não fosse capaz de atingir um objetivo, sem antes atingir “a inspiração que precisava” para tal.

Então antes de buscar um vídeo, ou um texto inspirativo na internet, obviamente se o intuito for buscar inspiração, faça algo útil na prática antes de ler ou assistir, faça algumas flexões, garanto que se sentirá melhor!!!


E aí? Pagou suas flexões? Gostou do texto? Compartilhe e comente aí ;) 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Trilha Parkour do Mato - Forte e Útil + 13º Semana de Museus

Bom pessoal, estive numa correria danada pra me readaptar a rotina pós 7º WPPK .
Tive que organizar às pressas essa edição da Trilha Parkour do Mato - Forte e Útil, às pressas mesmo, de um dia pro outro, e por isso não tive tempo de escrever aqui sobre esse projeto, e nem de convidá-los por aqui.
Então sem mais delongas, quero falar sobre a trilha, e sobre a 13º Semana de Museus, que nessa edição, tem tudo haver com nosso projeto, mas vamos por partes...

Trilha Parkour do Mato - Forte e Útil

Como foi muito corrido essa semana, não tive tempo de fazer um texto aqui no blog somente para a trilha, mas deu tempo de criar o evento no facebook, e pra quem não conhece esse projeto, uma breve especificação: 

 A Trilha Parkour do Mato – Forte e Útil, é uma iniciativa da Associação Matogrossense de Parkour (AMTPK), em parceria com a Pro Parkour Instruções, e tem como principal objetivo a inclusão dos praticantes da atividade física denominada “Parkour”, aos vários aspectos onde a filosofia por trás da prática se manifesta, e que faz com que a mesma seja algo tão importante, e que traga tantos benefícios para quem pratica, e para a comunidade onde o Parkour existe.

Trata-se de uma pequena trilha pequena, na beira do Rio Vermelho, que começa em uma pedreira na rua Fermando Corrêa da Costa, no bairro Coopharondon, passa por dentro da mata fechada, e termina em outra pedreira localizada nos fundos do Big Master. Veja o Mapa 

A 5 minutos do centro de Rondonópolis, é possível se conectar com a natureza fazendo algo saudável e interessante. Além de se exercitar, os participantes da trilha conhecem melhor a natureza viva que corre praticamente dentro da cidade, mas não é só isso.
O principal objetivo da trilha, é a inclusão dos praticantes da atividade aos vários aspectos que a filosofia do Parkour se instala e que faz com que a prática seja algo tão importante e que traga tantos benefícios tanto para quem pratica, quanto para a sociedade ou comunidade onde o Parkour existe.

Um pouco sobre Parkour: O Parkour é uma disciplina física, que trabalha na melhoria de habilidades naturais do ser humano, que foram praticamente esquecidas ao longo dos séculos, e tem como principal objetivo, a superação dos obstáculos físicos e mentais, usando técnicas de transposição rápida, simples e segura.
Um dos principais lemas da disciplina, também a frase mais conhecida na filosofia da atividade, é a "Ser forte para ser útil". O que significa, dentre outras interpretações, que você deve não apenas treinar por treinar, mas estar apto física e mentalmente, para que possa fazer bom uso disso, de forma útil, quando lhe for preciso.
Seguindo essa linha, durante a volta do percurso, cada participante leva consigo uma sacola plástica, recolhendo resíduos de lixo encontrados na beira no rio e na mata, além de conversar com pescadores locais, conscientizando-os a recolherem seu próprio lixo. Dessa forma, fazemos jus ao lema, trabalhando com um Parkour sustentável, sendo úteis usando o condicionamento obtido através dos treinos.

Venha fazer parte conosco!

Ponto de encontro: Estacionamento em frente à Havan, das 08:30 às 08:59. Saindo exatamente as 09:00 para a entrada da primeira pedreira.
A trilha tem duração média entre 1 e 2 horas.

Observações:
1- Cada participante deve levar sua água. É extremamente importante que o corpo se mantenha hidratado;
2- Teremos uma parada para descanso e alimentação, cada um deve levar seu lanche, frutas, barrinha de cereal, biscoito, etc...
3- É importante o uso de protetor solar; 

                                                          >>>  Evento no Facebook  <<<  

13º Semana de Museus

Isso mesmo, o Parkour está no museu!
Mas antes de explicar sobre a parte do Parkour, vamos entender o que é esse projeto:

A Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com os museus brasileiros, é uma temporada cultural que acontece todo ano em comemoração ao Dia internacional dos Museus (18 de maio).
A cada ano é lançado um tema diferente para a celebração do 18 de maio, que é também o mote norteador das atividades da Semana. O tema de 2015, Museus para uma sociedade sustentável, vem enfatizar a importância de uma maior conscientização da ação do homem sobre nosso planeta e reforçar a necessidade de alinhar o nosso modelo econômico e social à perspectiva da continuidade e inovação.   18/05/2015 - 15:10 - Fonte: Cayron Henrique Fraga / Assessoria Secult 


Com a participação de quatro fotógrafos profissionais de Rondonópolis, Roger Andrade, Sérgio Simões, Alexandra Pimentel e Everton Val, a cada ano um assunto é proposto em comemoração ao dia nacional do museu, 18 de maio.
Segundo Cayron Henrique, Gerente de Articulação Cultural, a fotografia foi escolhida como forma de prestigiar os profissionais da área, além de explorar a parte visual do tema proposto. “O público que visitar a exposição poderá ver o olhar de cada fotógrafo  tem sobre a cidade, com relação a sustentabilidade, tanto com o foco no meio ambiente, quanto relacionado também a reciclagem, entre outras ações”, disse o articulador.    Fonte: Emerson Dourado / 20 de Maio de 2015 às 15:01 

Tá, mas e o tal do Parkour?

Então, um dos fotógrafos, o querido Everton Val, soube do nosso projeto da Trilha, através do Gerente de Departamento de Ações Culturais - José Roberto de Souza, que sempre nos incentiva e apoia os projetos e ideais do Parkour. E marcamos então de ele nos acompanhar no dia do projeto, fazendo algumas fotos para fazerem parte da exposição.
O resultado surpreendeu tanto ao fotógrafo, quando a nós. Eu (Michel) e o Pedro Lucas, ficamos admirados com a qualidade do trabalho do Everton, que se esforçou pra nos acompanhar, e valeu todo esforço!






Então fica o convite a todos que puderem, para ir visitar o museu, e ver também os outros trabalhos que são tão incríveis quanto o que fizemos.

Segundo Cayron Henrique, Gerente de Articulação Cultural, Escolas, faculdades e entidades que queriam visitar a  mostra “Museus para uma sociedade sustentável” podem agendar pelo telefone 3411-5293. A exposição vai até o dia 18 de junho, no Museu Municipal Rosa Bororo, das 8 às 17 horas de terça a sábado, que fica na Avenida Cuiabá, esquina com a Rua Arnaldo Estevão.

Agradeço a todos os envolvidos tanto no projeto da trilha, quanto no da exposição, principalmente ao José Roberto, por ter lembrado do nosso trabalho, e pelas palavras ditas no coquetel de abertura da mostra, e pelo fotógrafo Everton Val, por ter encarado esse desafio, e também pelas palavras ditas na solenidade.

Outras fotos da Trilha, que não foram para a exposição. Por Everton Val:










terça-feira, 19 de maio de 2015

7º WPPK (Workshop Procopense de Parkour)


Olá pessoal, demorou mas saiu, enfim, consegui tirar um tempo pra escrever sobre minha viagem ao 7º WPPK (Workshop Procopense de Parkour), ao qual fui honradamente convidado para ser oficineiro em um dos 3 dias de evento.
AVISO: Esse texto contém uma quantidade incrível da palavra ‘’incrível’’.
 AVISO 2: No fim do post tem um presente pra quem ler todo texto até lá ;) 
O 7º Workshop Procopense de Parkour, foi realizado pelo Prof. Luiz Oliva, na cidade de Cornélio Procópio – PR, e trouxe praticantes de vários estados como SP, MS, MT, PR, RS, somando incríveis 120 (+ ou -) pessoas unidas pelo mesmo propósito: A vontade de encontrar e conhecer outros praticantes, trocar experiências, aprender, ensinar, e muito mais.

Já de cara quero falar sobre essa cidadezinha chamada Cornélio Procópio – PR que conheço a tão pouco tempo mas que já adoro pakas que surpreende a cada esquina que se cruza. Também sou de uma cidade relativamente pequena do interior sudeste do Mato Grosso, e sei da capacidade que essas cidades têm de surpreender os visitantes, mas Cornélio vai um pouco além disso.
Além da obviedade arquitetônica que para um praticante de parkour, dá a sensação de estar num pequeno parque de diversões a céu aberto, a cidade conta com bares estilo rock de beira de estrada americana, e lanchonetes decoradas com peças e adesivos de motos antigas, e super aconchegantes.



Uma ‘’milkshakeria’’ com mais de 200 sabores que dá vontade de pedir um de cada para experimentar.
Encontramos um bar tipo ‘’garagem’’ embaixo de uma praça na beira do mirante, e estava rolando um show com banda rock local, relembrando músicas antigas de sucesso, foi surpreendente.

Apesar das complicações de ultima hora, e da correria para que tudo pudesse ocorrer da melhor forma, o Luiz estava o tempo todo conosco e gerenciando o andamento de tudo.
Dia 1.
O primeiro dia foi divertido e agitado, eu cheguei de surpresa por volta de meio dia, no meio da roda de conversa e todos ficaram com cara de ‘’o.O’’ (principalmente o Luiz haha).
O treino físico Yamakasi com o Marcello Crocetta foi intenso, aprendi muita coisa diferente e legal que com certeza usarei nos meus treinos e nas minhas aulas.



O treino com os pneus foi divertido e criativo, nunca se fez tanto com pneus como aquele dia, eu me superei várias vezes, e vi a galera se superando também, foi incrível.



Dia 2.
Perdi a parte da manhã do evento, pois estava a 2 dias dormindo pouquíssimo e de mau jeito (avião, ônibus, rodoviária), e queria descansar pois iria ministrar minha oficina prática neste dia.
Após o almoço fomos até a Praça e separamos os níveis dos praticantes para determinadas oficinas (iniciante, intermediário e avançado).
Fiquei com a oficina intermediária, e sofri tanto quanto quem participou haha.


Foi emocionante ver todos se esforçando e surpresos com alguns exercícios que apresentei, queria ter tido mais uns 2 dias de evento pra passar mais coisas L
Após as oficinas rolou o treino livre e as brincadeiras com os pneus novamente.



Após voltarmos para o alojamento e jantar, rolou o ‘’Treino Tático Noturno”, do Alberto Brandão.
Esse treino vai ficar marcado na história de cada um que participou, mesmo os que ficaram de fora olhando, tenho certeza que foi um dos pontos mais importantes do Workshop.
Acho que a maioria, ou todos, realmente se colocaram na situação que nos foi dita, e deram o máximo de si para atingir os objetivos.
A ideia era colocar o grupo em uma situação de fuga, onde não podíamos fazer barulho, e reagir aos incidentes que apareciam ao longo da ‘’missão’’, como um companheiro com a perna quebrada, outro cego, outro desmaiado... E foi maravilhoso ver como os participantes lidavam com essas situações, suas soluções criativas e instintivas, o companheirismo...
E no final tivemos uma roda de conversa, sobre o treino, e um relato de alguém que estava de fora, que já havia treinado a um tempo atrás, mas que não o fazia mais, fechou o dia com chave de ouro:
“Vocês me mostraram um Parkour que eu não conhecia, que eu não imaginava que existisse, e isso me surpreendeu muito.”
Dia 3.
O ultimo dia de evento não nos deixou menos empolgados com os treinos, pelo contrário, todos queriam aproveitar o máximo cada segundo do ultimo dia pra extrair muita coisa de tudo!
O Prof. Luiz deu um treino para iniciantes na Pracinha do Cristo, e o resto foi conhecer o Espaço Cultural da cidade, que fica no pé de uma muralha de rochedo impressionante...


 
Muita coisa foi feito nesse pico, e muito foi superado.
Voltamos para o alojamento e acha que acabou? Nãããão!!!
Ainda rolou alguns treinos pela quadra e ainda teve os sorteios dos brindes, e um bate papo surpresa que começou comigo, Luiz Oliva e o Pedro Almeida, e quando percebemos, tinha uma galera em volta.


A despedida da galera da Simeos Parkour foi emocionante, queria ter ido junto na van, porém ainda tinha coisa a se fazer...
Após o evento ainda fiquei 2 dias na casa do Luiz, em Londrina, e ainda treinamos uma tarde, conversamos bastante sobre nossas perspectivas e algumas dicas de treino. 

Workshop da "Zoeira" 
Hahahahahaha, fiquei sabendo que esse evento foi um dos mais divertidos que já existiram, coincidentemente foi o que EU participei (ironia do destino, apenas).
Mas falando sério (hã), foi realmente muito divertido, todas as dancinhas e brincadeiras que rolaram, ainda me pego dando risada sozinho, lembrando de tudo isso *---*







Finalmente
É simplesmente impossível descrever tudo que aconteceu, e tudo que esse workshop me fez pensar, repensar, refletir e enxergar. É o tipo de coisa que quanto mais tentamos explicar, mais complexo se torna e ainda sim continuamos a descrevê-lo de outra forma com outra visão e com novas lembranças. 
A chance de conhecer praticantes que admiro, porém só conhecia pela internet, é algo que chega a emocionar, pessoas que me inspiram como o Alberto Brandão do DCM (decimadomuro), o Pedro Almeida, a monstrinha Camila Stefaniu, o monstro do Lucas Yeiki (Goku), o Cassio Junior, e a galera da Simeos Parkour, além obviamente do Luiz Oliva.
Sinto, e peço desculpas, por não ter participado das palestras, por motivos de cansaço físico/psicológico, mas também sinto não poder ter formado uma fila com todo mundo no final e dado um abraço em cada um.
Rolou muito mais coisa no evento, porém só descrevi um pouco dos principais que participei, pra não ficar tão grande (sim, o texto ia ser maior).
Voltei de Cornélio Procópio com um gás enorme, um turbilhão de projetos e iniciativas me tiram o sono, e me lembram do quanto é importante continuar com meu trabalho, mesmo que as dificuldades me rondem.
Aos que já praticam Parkour, principalmente aos que já foram a algum tipo de encontro, creio que não seja difícil entender tudo que tentei explicar aqui. Mas espero que esse texto chegue às pessoas que conhecem de longe a prática, e que tem potencial para começar a treinar, ou a apoiar a atividade, ou a ajudar de qualquer forma as iniciativas vindas de quem idealiza tais projetos.
Não vou me estender muito mais, pois quero poder ter algo sobrando para contar pessoalmente a vocês, e também pra não se tornar um texto tedioso.

Agradecimentos
Quero agradecer a todos os patrocinadores e apoiadores, que me ajudaram nessa empreitada, que sem dúvidas trará ótimos resultados para a prática em nossa cidade.
Peço desculpas a todos vocês pela forma ‘’apressada’’ que fui obrigado a abordá-los, pois tudo foi decidido encima da hora, por motivos de logística de tempo, dinheiro, compromissos, etc...
Mais importante do que a ajuda que me deram, serão os frutos que esse ‘’investimento’’ proporcionará tanto para os praticantes daqui, quanto para a sociedade como um todo, sem exageros.
Sem mais firulas, vou citar alguma empresas e amigos pessoais que me ajudaram, sem dizer “com” ou “em quê”, para que não pareça desmerecimento com um ou outro.

Douglas e Júnior da Conquista Turismo Corporativo e Lazer: Vocês foram os primeiros a estenderem a mão e me despertaram a força de vontade que faltava pra correr atrás de tudo.

Sidnei Fernandes - Secretário de Esportes de Rondonópolis: É ótimo ver uma pessoa tão empenhada em ajudar as iniciativas esportivas, mesmo que por muitas vezes de forma não curricular.

Luciano Carneiro - Secretário de Cultura de Rondonópolis : Que mesmo se recuperando de um acidente, não hesitou em ajudar. Melhoras...

Antonioni Rabelo - Panificadora Pão Doce Pão: Que conheceu a prática a pouco tempo, e como representante de uma empresa que apoia o tipo de trabalho que fazemos, já percebeu o potencial de benefícios sociais que o Parkour é capaz de atingir.

Valter Arantes do Estúdio Fotográfico Valter Arantes: Que sempre nos ajuda desde o começo dos projetos relacionados aos Parkour, nos dando oportunidade e espaço para divulgar a prática, além de ser um grande amigo e defensor das iniciativas sociais.

Valdick Arantes - Instituto Musical TOK: Que foi sobrecarregado de informações sobre o propósito da ajuda, e mesmo pego de surpresa, pôde contribuir para o sucesso dessa ‘’missão’’.

Patricia Kowaleski - Sabor e Arte Espaço de Eventos: Que acredita no potencial do Parkour e me apoiou desde a primeira vez que nos encontramos para conversar sobre a disciplina e seus benefícios e compromissos sociais, é muito importante ter você como incentivadora dos projetos relacionados ao Parkour por aqui.

Marluce Marques - Peta Kafé: Que também foi pega no susto, e se prontificou a ajudar antes mesmo de eu conseguir terminar de explicar minhas intenções e propósitos.

Sônia Maria – Batista Empreendimentos Imobiliários: Por ter confiado em mim e ajudado quando eu já estava começando a pensar que não conseguiria tudo o que precisava.

Ao amigo Pai Evaldo: Por sempre me apoiar e incentivar meus projetos e me ajudar a alcançar meus objetivos, como um verdadeiro pai, onde eu sei que posso recorrer quando tudo parecer sem solução.

Ao amigo Cézar Miercalm (Kiko): Por ter me socorrido em um dos momentos mais complicados da viagem, não poderia esperar menos se você irmão.

À minha querida esposa Amanda Cássia: Que apesar de tudo, esteve ao meu lado, mesmo de longe e um pouco doente, me ajudando, fazendo a ponte entre mim e as pessoas que eu precisava encontrar/falar.

Ao Telmo Cézar: Que fez uma correria enorme em plena madrugada para que eu não perdesse o voo...

Espero poder um dia agradecer a cada um, proporcionando algo do mesmo nível ou maior ao qual me ajudaram a fazer parte.

BÔNUS!!!
Não poderia terminar esse post sem deixar um cantinho especial ao organizador do evento né!?

Luiz Oliva, dentre tantos agradecimentos, principalmente por ter me recebido em sua casa, mesmo achando que era outra pessoa um dia antes do evento kkk (piada interna), e depois do evento, agradeço também sua família, seus filhos, e sua companheira que me receberam muito bem, demos muitas risadas e pagamos muitas flexões juntos...
Quero que saiba, que você é um exemplo para MUITOS traceurs que participam dos seus projetos, e para outros que, assim como eu, acompanham de longe seus trabalhos e sabem que todo respaldo a seu respeito não é exagero, mas mero mérito. Alguém como você, inspira a qualquer um, e não foi diferente comigo. Foi realmente uma honra poder participar desse projeto incrível que você realizou, a amplitude de experiência que adquiri foi realmente impressionante, tanto nas atividades do evento, quanto em alguns momentos em que estávamos somente eu e você conversando.
Espero que continue com essa garra para divulgar o Parkour com tanta qualidade como tem feito todos esses anos, e saiba que muito do que será feito por aqui, serão frutos de exemplos tirados daí, e quem dera um dia alcançar o nível de qualidade e eficiência de seus projetos.
Realmente não há como expressar toda gratidão e motivação que sua amizade representa pra mim. Então vou me encerrando por hora, mas fique espero que mais coisas virão por aí haha ;)

“O verdadeiro Mestre não é aquele com mais discípulos, mas aquele que forma mais Mestres”
                                                                                                                   - Neale Donald Walsch




ÁLBUM DE FOTOS










































































































E... SURPRISE!!!